Desde o dia 17 de julho, produtos brasileiros exportados para a Venezuela deixaram de ser isentos de tributos e passaram a ser cobrados integralmente, gerando surpresa entre comerciantes de ambos os países. O sistema Sidunea, usado na declaração de mercadorias, deixou de aceitar certificados de origem do Brasil, tornando os produtos menos competitivos no mercado venezuelano.
A medida foi adotada pelo órgão fiscal Seniat, na Aduana de Santa Elena de Uairén, e está sendo acompanhada pelo Itamaraty, que acionou a Embaixada brasileira em Caracas e trabalha em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) para buscar esclarecimentos.
A Câmara de Comércio de La Guaira e a Câmara Venezuelana Brasileira de Comércio de Roraima denunciaram o impacto direto sobre exportadores e importadores. O governo de Roraima, cujo principal parceiro comercial é a Venezuela, expressou preocupação, destacando que mais de 70% das exportações estaduais têm como destino o país vizinho. A Seplan-RR alertou para prejuízos ao agronegócio, ao emprego e à arrecadação estadual.
As autoridades brasileiras seguem buscando solução diplomática para normalizar o comércio bilateral.