O presidente da Argentina, Javier Milei, repercutiu nas redes sociais uma publicação feita pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sobre a possível candidatura de seu irmão, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), à Presidência da República nas eleições de 2026.
A postagem original trazia uma imagem de Flávio Bolsonaro ao lado da afirmação: “Bolsonaro diz que Flávio será seu candidato à Presidência da República.” Milei compartilhou o conteúdo em sua conta no X (antigo Twitter), gesto que rapidamente ganhou destaque no debate político brasileiro.
Alinhamento internacional e histórico de proximidade
Milei e Jair Bolsonaro mantêm relação política próxima desde antes de o argentino assumir o governo. O libertário convidou o ex-presidente brasileiro para sua posse, realizada na Casa Rosada — cerimônia que não contou com a presença do presidente Lula.
Em 2023, Milei também esteve no Brasil para participar da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), ocasião em que se reuniu com Bolsonaro. Apesar da afinidade ideológica entre ambos, o presidente argentino vinha evitando comentários diretos sobre a política interna brasileira nos últimos meses.
Reação de Flávio Bolsonaro
Após a repercussão do compartilhamento de Milei, Flávio Bolsonaro agradeceu publicamente:
“Obrigado, Presidente Javier Milei! Vamos resgatar a liberdade e trazer prosperidade ao povo aqui no Brasil também!”
Em outra publicação, o senador reafirmou sua disposição em encarar a disputa presidencial:
“É com grande responsabilidade que confirmo a decisão da maior liderança política e moral do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, de me conferir a missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação. […] Sei que Deus irá à frente, guiando cada passo dessa jornada.”
Cenário político de 2026
A manifestação de Milei ocorre em meio às articulações para a eleição presidencial brasileira, marcada por forte polarização. A eventual candidatura de Flávio Bolsonaro deve consolidar o bloco conservador em torno do legado político de seu pai, enquanto outros setores da direita articulam alternativas.
Do lado governista, Lula ainda não anunciou seu apoio oficial, mas lideranças do PT indicam que o nome natural seria o do ministro Fernando Haddad ou outro nome do campo progressista.