A tranquilidade da madrugada de Agudos foi brutalmente interrompida por um ato de violência que chocou a comunidade. Cláudia Alencar, de 38 anos, teve sua vida ceifada a tiros na Rua Sete de Setembro, vítima de um feminicídio motivado por ciúmes. O crime, perpetrado por seu ex-companheiro, deixou a cidade em luto e reacendeu o debate sobre a persistência da violência de gênero.
A tragédia começou a se desenrolar quando C.H.N., ex-companheiro de Cláudia, avistou a mulher conversando com outro homem em via pública. A cena, que para muitos seria inofensiva, acendeu uma fúria cega no agressor. Dirigindo uma caminhonete Ford F-250, com placas de Avaré, C.H.N. não hesitou em ir até sua residência, buscar uma carabina calibre .22, com numeração parcialmente raspada, e retornar ao local do encontro.
Testemunhas relatam que o silêncio da noite foi quebrado por quatro disparos. Cláudia Alencar caiu sem vida, vítima da possessividade e do machismo que, tragicamente, ainda ceifam vidas no Brasil.
Na tentativa de fuga, o assassino perdeu o controle da caminhonete, capotando o veículo. Socorrido e detido pela Polícia Militar, C.H.N. foi submetido ao teste do etilômetro, que confirmou a embriaguez ao volante, registrando 0,55 mg de álcool por litro de ar alveolar.
Após prestar depoimento, o ex-companheiro foi autuado em flagrante por feminicídio e embriaguez ao volante, permanecendo à disposição da Justiça. O caso, registrado pela Polícia Civil, é mais um triste capítulo na luta contra a violência doméstica e de gênero.
Cláudia Alencar deixa um filho adolescente, que agora terá que aprender a viver com a ausência e a dor de ter sua mãe tirada de forma tão brutal. A história de Cláudia é, infelizmente, a de muitas mulheres que têm suas vidas interrompidas pela violência de gênero. Reforçamos a importância de combater o feminicídio, a face mais cruel do machismo, que continua a devastar famílias e histórias no nosso Brasil.
Nossos sentimentos aos familiares e amigos