Apesar do discurso de austeridade, a Câmara dos Deputados tem aprovado projetos com alto impacto orçamentário sem estudos confiáveis sobre custos. Entre eles, pisos salariais para fisioterapeutas, garis e servidores da educação básica. Técnicos da Câmara apontam falhas graves nas estimativas, algumas inexistentes ou baseadas em dados questionáveis.
A Consultoria de Orçamento (Conof) critica a ausência de medidas compensatórias e alerta para impactos em estados e municípios. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já demonstrou preocupação com a contradição entre o discurso fiscal e as decisões do Congresso, reforçando que a responsabilidade pelo equilíbrio das contas públicas deve ser compartilhada entre os Três Poderes. Mesmo assim, os projetos continuam avançando rapidamente, ampliando o conflito entre interesses políticos e limites orçamentários.