
Bombardeios norte-americanos geram forte condenação internacional e reabrem debate sobre legalidade de ações militares unilaterais
A ofensiva dos Estados Unidos contra instalações nucleares no Irã, ocorrida neste domingo (22), provocou reações imediatas da comunidade internacional. Rússia e China, dois dos principais aliados estratégicos de Teerã, condenaram duramente a ação militar norte-americana, classificando-a como uma violação grave ao direito internacional.
Em comunicado oficial, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou que os bombardeios representam uma “decisão irresponsável” por parte do governo dos EUA. Moscou criticou o uso de mísseis e bombas em território iraniano, destacando que “não há justificativa legal para o uso unilateral da força contra um Estado soberano”.
Dmitri Medvedev, ex-presidente da Rússia e atual integrante do Conselho de Segurança do país, foi ainda mais direto. Por meio das redes sociais, ironizou o presidente americano Donald Trump: “Aquele que se dizia pacificador, agora mergulha seu país em mais uma guerra”. Medvedev ainda provocou: “Dificilmente receberá o Nobel da Paz desta vez”.
A China também se posicionou com firmeza. Segundo reportagem divulgada pela mídia estatal chinesa, o governo de Pequim alertou que os Estados Unidos estão “repetindo erros históricos”, numa referência à invasão do Iraque em 2003. “A história tem demonstrado que intervenções militares no Oriente Médio geram instabilidade duradoura e consequências imprevisíveis”, declarou o veículo oficial.
A escalada de tensões reacende preocupações sobre a segurança internacional e o equilíbrio de poder na região do Golfo Pérsico. O Irã ainda não divulgou um pronunciamento oficial sobre os ataques, mas fontes próximas ao governo indicam que uma resposta diplomática está em preparação.
Enquanto isso, líderes europeus e organizações multilaterais observam com cautela os desdobramentos, temendo um novo ciclo de conflitos em uma das regiões mais instáveis do mundo.
