“Um caso complexo” – A Polícia Civil admitiu que o padrasto de Ana Alice, de 11 anos, pode ser inocente. Segundo os investigadores, se surgirem elementos que comprovem dolo, a prisão temporária de Douglas Júnior Nogueira – que é de 30 dias e vence em 16 – pode ser prorrogada. Mas se não houver nenhuma prova que comprove autoria, ele será solto assim que o prazo terminar.
A polícia afirma que precisa agir com rigor técnico e jurídico e que a investigação exige cautela e tempo porque esse é um caso complexo. Uma reconstituição deve ser feita nos próximos dias para tentar esclarecer o que aconteceu.
ENTENDA
A causa da morte de Ana Alice ainda é inconclusiva. As lesões na região íntima, inicialmente tratadas como sinais de violência sexual, agora são analisadas sob outra possibilidade: podem ter origem em uma doença pré-existente. A polícia também não descarta a hipótese de instrumento contundente, mas reforça que faltam provas periciais para confirmar qualquer cenário.
RELEMBRE
Ana Alice foi encontrada desacordada em casa, em Serrana, na região de Ribeirão Preto, pelo padrasto, na noite de 11 de novembro. Ela morreu dois dias depois. O caso começou como suspeita de suicídio porque havia um cordão de brinquedo enroscado no queixo dela, mas médicos identificaram lesões genitais e um material que parecia sêmen – e o caso virou suspeita de estupro de vulnerável e homicídio. Dias depois, laudos indicaram ausência de sêmen e exames feitos no HC descartaram drogas ou veneno no corpo dela. Um segundo suspeito, ainda não identificado, também teve material coletado para análise.
Fonte: Jornal da EPTV