O Contran aprovou nesta segunda-feira (1º) o fim da obrigatoriedade de autoescolas no processo para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A mudança promete reduzir em até 80% o custo total para o candidato e oferecer mais liberdade na preparação — mas já levanta um alerta: se com treinamento obrigatório muita gente mal sabia estacionar, imagina agora?
A decisão prevê curso teórico gratuito e 100% digital, flexibilização das aulas práticas e possibilidade de treinamento com instrutores autônomos credenciados pelos Detrans. A carga mínima ao volante cai de 20 horas para apenas 2 horas, o que acendeu a preocupação de especialistas em segurança viária.
“O risco aumenta”, dizem profissionais do trânsito
Para quem atua diretamente nas ruas, o medo é simples: menos prática, mais motoristas inseguros.
“Já era comum ver aluno chegar à prova prática com pouca habilidade mesmo com as horas obrigatórias. Agora a tendência é ficar pior”, afirmou um instrutor experiente ouvido pela reportagem.
O Brasil, que já convive com altos índices de imprudência e acidentes, pode sentir o impacto dessa flexibilização. Segundo a Senatran, 20 milhões de pessoas dirigem sem habilitação, e outros 30 milhões têm idade para dirigir mas nunca tiraram a CNH — muitos por causa do preço.
O ministro dos Transportes de Lula, Renan Filho, afirma que a segurança segue sendo prioridade e que o foco deve ser na avaliação, não no número de aulas.
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