Uma das maiores estatais do Brasil, os Correios atravessam a pior crise econômico-financeira de sua história. A empresa acumula mais de 13 trimestres consecutivos de prejuízo, e as projeções oficiais apontam um cenário ainda mais grave para os próximos anos.
Segundo levantamentos internos da estatal, se nenhuma medida for tomada, as perdas podem chegar a R$ 10 bilhões em 2025 e ultrapassar R$ 23 bilhões em 2026, levando a empresa a uma situação considerada por especialistas como “praticamente irreversível”.
❗ Governo Lula avalia futuro da estatal
Em meio aos sucessivos prejuízos e milhares de demissões em todo o país, o governo Lula passou a avaliar alternativas para enfrentar a crise. A possibilidade de venda ou privatização dos Correios voltou a ser discutida nos bastidores, embora não exista uma proposta oficial em andamento.
Em entrevista à GloboNews, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não vê, neste momento, um movimento dentro do governo para colocar os Correios à venda — diferentemente da proposta do governo anterior, de Jair Bolsonaro.
“Não vejo debate dentro do governo sobre privatizar Correios […] É muito difícil um Estado abrir mão de serviços postais, parte dos quais são subsidiados para garantir a universalização”, disse Haddad.
❗ Falência é possível, alertam especialistas
Economistas ouvidos pela GloboNews avaliam que, mantido o cenário atual, a reversão da crise é improvável. A estatal pode enfrentar risco real de colapso financeiro, algo inédito na história dos Correios.
O presidente Lula ainda não se manifestou sobre as demissões registradas na empresa e deve aguardar análises técnicas conduzidas pela equipe econômica.
✍MSN