Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
A Polícia Federal realizou, na manhã desta quarta-feira (16), uma grande operação para desarticular uma organização criminosa interestadual responsável por fraudar o FGTS e o Auxílio Emergencial. A ação contou com o apoio do Grupo de Apoio de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro, e foi executada nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
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Operação “Trampo”
Batizada de Operação Trampo, a ofensiva teve como objetivo sufocar as finanças do grupo criminoso.
Cerca de 100 policiais federais cumpriram 27 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal do Rio de Janeiro, em endereços localizados na capital fluminense, Niterói, São Paulo, Várzea Paulista, Indaiatuba e Salto.
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Além disso, a Justiça Federal determinou o bloqueio de bens avaliados em R$ 45 milhões e impôs medidas cautelares a 21 investigados, incluindo:
Recolhimento de passaporte;
Proibição de deixar o país;
Comparecimento mensal em juízo.
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Como funcionava o esquema
De acordo com as investigações, o grupo obtinha dados sigilosos de beneficiários da Caixa Econômica Federal e falsificava documentos para acessar indevidamente contas bancárias.
Com isso, realizava saques fraudulentos e pagamentos de boletos digitais, desviando recursos que deveriam ser destinados a pessoas em situação de vulnerabilidade social.
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Para dificultar o rastreamento, os criminosos utilizavam conexões de internet registradas em nome de terceiros e mantinham uma estrutura organizada, com divisão de tarefas entre os integrantes.
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Seis crimes identificados
Os investigados responderão por organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado por fraude, uso de documento falso, falsidade ideológica e peculato-furto.
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A operação faz parte da Força-Tarefa Tentáculos, iniciativa da Polícia Federal em parceria com instituições financeiras para combater fraudes eletrônicas.
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Ela também integra a campanha “Não Seja um Laranja”, que alerta a população sobre os riscos de emprestar contas bancárias para movimentação de dinheiro ilícito.
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